quarta-feira, 21 de maio de 2008

6ª APOSTILA iniciação

Um dos fundamentos de vital importância par a harmonização e eficácia dos trabalhos dentro de um templo umbandista é, sem dúvida, o que diz respeito aos Pontos Cantados (curimbas).
Em tempos imemoriais, o homem materialista e ligado quase que exclusivamente aos aspectos físicos que o circundavam, tomado de profundo vazio conscienciosa, resolveu traçar caminhos que o fizesse resgatar a verdadeira finalidade de sua existência. Alicerçado em princípios aceitáveis, passou a buscar o elo de ligação para com o Criador, a fim de se redimir do tempo perdido e desvirtuado para outras ações.
Uma das formas encontradas para a reaproximação com o Divino foi a música, onde se exprimiam o respeito, a obediência e o amor ao Pai Maior. Desta forma, os cânticos tornaram-se um atributo sócio-religioso, comum a todas as religiões, onde cada uma delas, com suas características próprias, exteriorizavam sua adoração, devoção e servidão aos desígnios do Plano Astral Superior.
A Umbanda, nossa querida religião anunciada no plano físico em 15 de novembro de 1908, em Neves, Niterói – RJ, pelo espírito que se nomeou Caboclo das Sete Encruzilhadas, também recepcionou este processo místico, mítico e religioso da expressão humana. Nos vários terreiros espalhados pelas Terras de Pindorama (nome indígena do Brasil), observamos com fé, respeito e alegria os vários pontos cantados ou curimbas, como queiram, sendo utilizados em labores de cunho religioso ou magístico.
Em realidade os Pontos Cantados são verdadeiros mantrans, preces, rogativas, que dinamizam forças da natureza e nos fazem entrar em contato íntimo com as Potências Espirituais que nos regem. Existe toda uma magia e ciência por trás das curimbas que, se entoadas com conhecimento, amor, fé e racionalidade, provoca, através das ondas sonoras, a atração, coesão, harmonização e dinamização de forças astrais sempre presentes em nossas vidas.
A Umbanda é capitaneada por sete Forças Cósmicas Inteligentes, que são as principais e que, por influência dos Pretos-Velhos, receberam os nomes de Orixás, sendo que a irradiação ou linha de Oxalá (Cristo Jesus), precede todas as demais, razão pela qual as comanda. Todas estas irradiações têm seus pontos cantados próprios, com palavras-chave específicas e a justaposição de termos magísticos, de forma que o responsável pela curimba deve Ter conhecimento do fundamento esotérico (oculto) da canção.
Temos visto em algumas ocasiões determinadas pessoas até com boas intenções, mas sem conhecimento, "puxarem" pontos em horas não apropriadas e sem nenhuma afinidade com o trabalho ora realizado. Tal fato pode causar transtornos à eficácia do que está sendo feito, uma vez que podem atrair forças não afetas àquele labor, ou ainda despertar energias contrárias ao trabalho espiritual.
Quanto à origem, os pontos cantados dividem-se em Pontos de Raiz (enviados pela espiritualidade), e Pontos terrenos (elaborado por pessoas diretamente). Os Pontos de Raiz ou espirituais jamais podem ser modificados, pois constituem-se em termos harmoniometricamente organizados, ou seja, com palavras colocadas em correlação exata, que fazem abrir determinados canais de interação físico-astral, direcionando forças para os mais diversos fins (sempre positivos).
No que concerne aos Pontos cantados terrenos, a Espiritualidade os aceita, desde que pautados na razão, bom senso e fé de quem os compõe.
Às vezes, porém, nos deparamos com algumas curimbas terrenas que nos causam verdadeiro espanto, quando não tristeza. São composições "sem pé nem cabeça", destituídas de fundamento, com frases ingênuas e sem nenhum nexo, chegando algumas a denegrirem os reais valores umbandistas.
E quanto ao plágio (cópia adulterada) leitores ? Aí é que a questão se agrava. É que alguns "espertos" andam a visitar terreiros, ouvindo e decorando pontos pertencentes àqueles templos. Voltam à tenda onde trabalham ou dirigem, e começam a cantar os pontos aprendidos, com algumas alterações, para disfarçar é claro, e dizem a terceiros que as curimbas são de sua autoria ou de suas "entidades". Além de modificarem pontos que podem ser de raiz, estão sujeitos a serem desmascarados quando alguém toma conhecimento da origem e da real letra das curimbas.
Quanto à finalidade, os Pontos Cantados podem ser:
Pontos de chegada e partida; Pontos de vibração; Pontos de defumação; pontos de descarrego; Pontos de fluidificação; Pontos contra demandas; Ponto de abertura e fechamento de trabalhos; Pontos de firmeza; Pontos de doutrinação; Pontos de segurança ou proteção (são cantados antes dos de firmeza); Pontos de cruzamento de linhas; Pontos de cruzamento de falanges; Pontos de cruzamento de terreiro; Pontos de consagração do Congá; e outros mais, consoante a finalidade a que se destinam.
Vimos pelo acima exposto que as curimbas, por serem de grande importância e fundamento, devem ser alvo de todo o cuidado, respeito e atenção por parte daqueles que as utilizam, sendo ferramenta poderosa de auxílio aos Pretos-Velhos, Caboclos, Exus, e demais espíritos que atuam dentro da Corrente Astral de Umbanda.

PONTOS CANTADOS - Na Umbanda os pontos cantados são utilizados como poderosos instrumentos na concentração necessária a evocação das diversas falanges, entretanto não se deve abusar, pois eles representam as forças falangistas que se aproximam dos terreiros ou centros, para os trabalhos, sejam eles de magia, de descarga ou de desenvolvimento de médiuns.
A harmonia dos sons é uma das mais importantes partes da magia e dela depende, dentro da Umbanda, a vinda dos chefes para darem a luz necessária, na verdadeira construção dos trabalhos que se processarão dentro dos rituais, impostos pelas preces de canto, que formam uma das maiores forças mágicas da Umbanda.
Quanto à origem os pontos canatdos dividem-se em Pontos de Raiz (ditados pelas entidades) e Pontos Terrenos (elaborados por integrantes da corrente). Os pontos de raiz expressam, de maneira sublime, uma mensagem, uma emoção, além de ativarem o misterioso fogo renovador da fé e de movimentarem uma linguagem metafísica que representa uam mensagem específica a cada vibração. Estes pontos jamais devem ser modificados, pois são constituídos de termos harmoniosos, direcionando as formas para os mais diversos fins.
Quanto aos pontos terrenos, a Espiritualidade os aceita, desde que pautados na razão e bom-senso de quem os compôs. Geralmente estes pontos são compostos por integrandes da corrente visando homenagear determinado Orixá ou falangeiro.
Os pontos devem ser entoados com ritmo e principalmentem com emoção e respeito pois são ele que determinam a corrente vibratória de uma gira, favorecendo ou dificultando a realização da incorporação ou de determinado ritual.
Os pontos cantados mudam de ritmo e mesmo de frequencia de acordo com as vibrações espirituais, a saber:
- Oxalá - são sons místicos, predispondo à paz e as elevação espiritual;
-Ogum - são sons vibrantes;
- Oxossi - sons que lembram a harmonia da natureza, mais acelerados;
- Xangô - sons graves e cantados em tom baixo; - Ibeji - sons alegres, vibrantes;
- Yemanjá, Oxum - sons suaves, emotivos;
- Iansã - sons vibrantes, estimulantes.
Os principais pontos utilizados no ritual Umbandista são: PONTO DE ABERTURA, PONTO DE DEFUMAÇÂO, PONTO DE CHAMADA, PONTO DE ENCERRAMENTO E HINO DA UMBANDA.

PONTOS RISCADOS - É a Pemba,através dos pontos riscados que na Umbanda, traz a força misteriosa da escrita astral , que tem o poder de fechar, trancar ou abrir os terreiros, de acordo com as exigências dos trabalhos que vão ser praticados.
Não pode existir um terreiro e muito menos um trabalho de magia sem o testemunho dos pontos riscados, isto é, da Pemba.
Assim, a Pemba, pode-se afirmar sem a menor duvida, é o instrumento mais poderoso da Umbanda, pois sem os pontos riscados nada se poderia fazer com segurança.
“Não existe regras e nem estamos no intuito de ensinar ninguém a riscar os pontos pois eles são um mistério do plano espiritual que jamais entenderemos porem é nosso dever respeita-los e só usa-lo quando formos devidamente preparados e autorizados”.

SIGNIFICADO DOS SÍMBOLOS


Um Ponto - o Ser Supremo, a origem.

Uma Linha Reta - o Mundo Material.

Duas Linhas Retas - o Princípio, o Masculino e o Feminino.

Uma Linha Curva - a Polaridade.

Dois Traços Curvos - as duas polaridades - positiva e negativa.

Um Triângulo de Lados Iguais - a Força Divina - Pai, Filho e Espírito Santo - Santíssima Trindade.

Dois Triângulos (Hexagrama) - Estrela de seis pontas - todas as Forças do Espaço.

Um Quadrado - os 4 elementos (Água, Terra, Fogo e Ar).

Um Pentagrama - a Estrela de Davi e o Signo de Salomão - a Linha do Oriente, Oxalá, a Luz de Deus. Três estrelas também representam os Velhos e Almas.

Círculo - o Universo, a Perfeição.

Um Círculo com Dois Diâmetros Entre Si - o Plano Divino, o Quaternário Espiritual.

Círculos Menores e Semicírculos - as fases da lua (símbolo de Iemanjá), forças de luz, inclui Iansã.

Círculo com Estrias Externas - o sol (símbolo de Oxalá).

Espiral - para fora indica chamamento de força, retirando demanda ou irradiação de Boiadeiro.

Seta Reta ou Curva e Bodoque - irradiação de Oxossi (caboclo).

Balança, Machado ou Nuvem - símbolos de Xangô e do Oriente.

Raio (condições atmosféricas) - símbolo de Iansã.

Espada Curva reta ou inclinada - símbolo de Ogum.

Bandeira Branca com Cruz Grega Vermelha - símbolo de Ogum.

Flor ou Coração - símbolos de Oxum.

Coração com uma Cruz no Interior - símbolo de Nanã.

Traços Pequenos na Vertical (chuva) - símbolo de Nanã.

Folhas ou Plantas - símbolos de Oxossi ou Preto-velhos.

Tridentes - símbolos para Exu e Pomba-gira; garfos curvos para a Calunga e retos para a Rua. (Pode haver ou não caveira)

Cruz Latina Branca - Cruz de Oxalá.

Cruz Grega Negra - com pedestal, símbolo de Omulu.

Arco-íris - símbolo de Oxum Maré.

Estrela Branca (Oriente) - Luz dos espíritos.

Estrela Guia (com cauda) - símbolo da capacidade de acompanhamento (Oriente).

Um Oito Deitado (Lemniscata) - símbolo do Infinito.

Cordão com Nó ou um Pano - símbolo das crianças.

Conchas do Mar - símbolo das crianças na irradiação de Iemanjá , Oxum, Nanã.

Águas Embaixo do Ponto - símbolo de Iemanjá (mar).

Pequenos Traços de água - símbolo de Oxum.

Traço ou Linha Curva com Círculo nas Pontas - símbolo de força, amarração e descarregos.

Rosa dos Ventos - chamada de força ou descarrego.

Palmeiras ou Coqueiros - força dos Velhos ou Baianos
Traço com Três Semicírculos nas Pontas - descarrego e força também.





Obs: Todo o Ponto Riscado deve ser anotado após a desincorporação do Mediun deve ser apresentado ao Pai da Casa para analise e confirmação da entidade ou falange de trabalho após isso o mediun apaga e retira caso tenha outras coisas que estão no ponto.
Ex: Charuto, velas , pemba etc, guardar os mesmo no local adequado e as velas deixa-las se for da direita próximo ao Conga caso seja da esquerda coloca-se próximo a tronqueira.

Musicas de Umbanda

MAPA DE COMO CHEGAR A COMUNIDADE DE UMBANDA

Indicação de Livros Umbandistas

Indicação de Livros Umbandistas
Sandro da Costa Mattos

Obrigação a Oxum e Batizado 2009