quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Festival de Corimba

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Livro sobre Exu causa guerra santa em escola municipal



Professora umbandista diz que foi proibida de dar aulas em unidade de Macaé, dirigida por diretora evangélica
POR RICARDO ALBUQUERQUE, RIO DE JANEIRO

Rio - As aulas de Literatura Brasileira sobre o livro ‘Lendas de Exu’, de Adilson Martins, se transformaram em batalha religiosa, travada dentro de uma escola pública. A professora Maria Cristina Marques, 48 anos, conta que foi proibida de dar aulas após usar a obra, recomendada pelo Ministério da Educação (MEC). Ela entrou com notícia-crime no Ministério Público, por se sentir vítima de intolerância religiosa. Maria é umbandista e a diretora da escola, evangélica.




A professora Maria Cristina mostra desenhos feitos por alunos após a leitura: mães evangélicas se rebelaram. Foto: Paulo Alvadia / Agência O Dia

A polêmica arde na Escola Municipal Pedro Adami, em Macaé, a 192 km do Rio, onde Maria Cristina dá aulas de Literatura Brasileira e Redação. A Secretaria de Educação de lá abriu sindicância e, como não houve acordo entre as partes, encaminhou o caso à Procuradoria-Geral de Macaé, que tem até sexta-feira para emitir parecer. Em nota, a secretaria informou que “a professora envolvida está em seu ambiente de trabalho, lecionando junto aos alunos de sua instituição”.

A professora confirmou ontem que voltou a lecionar. “Voltei, mas fui proibida até por mães de alunos, que são evangélicas, de dar aula sobre a África. Algumas disseram que estava usando a religião para fazer magia negra e comercializar os órgãos das crianças. Me acusaram de fazer apologia do diabo!”, contou Maria Cristina.

Sacerdotisa de Umbanda, a professora se disse vítima de perseguição: “Há sete anos trabalho na escola e nunca passei por tanta humilhação. Até um provérbio bíblico foi colocado na sala de professores, me acusando de mentirosa”.

Negro, pós-graduado em ensino da História e Cultura Africana e Afro-Brasileira, o diretor-adjunto Sebastião Carlos Menezes aguardará a conclusão da procuradoria para opinar. “Só posso lhe adiantar que a verdade vai prevalecer”, comentou. Pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil, Sebastião contou que a diretora Mery Lice da Silva Oliveira é evangélica da Igreja Batista.

ATÉ CINCO ANOS DE PRISÃO

“Se houver preconceito de religião, acredito que deva ser aplicado todo o rigor da lei”, afirmou o coordenador de Direitos Humanos do Ministério Público (MP), Marcos Kac. O crime de intolerância religiosa prevê reclusão de até 5 anos. Em caso de injúria, a pena varia de 3 meses a 2 anos de prisão. O MP poderá entrar com ação pública penal se comprovar a intolerância religiosa. “Caso contrário envia à delegacia para inquérito”, explicou Kac.

Alunos do 7º ano leram a obra: referências ao folclore

Em 180 páginas, o livro ‘Lendas de Exu’, da Editora Pallas, traz informações sobre uma das principais divindades da cultura afro-brasileira. O autor da obra, Adilson Martins, remete ao folclórico Saci Pererê para explicar as traquinagens e armações de Exu.

Na introdução, Martins diz que ele é “um herói como tantos outros que você conhece”. Em Macaé, 35 alunos do 7º ano do Ensino Fundamental leram o livro.

Nas religiões afro-brasileiras, Exu é o mensageiro entre o céu e a terra, com liberdade para circular nas duas esferas. Por isso, algumas pessoas acabam o relacionando a Lúcifer.

O presidente da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, Ivanir dos Santos, garantiu que outros autores de livros, como Jorge Amado e Machado de Assis, sofrem discriminação nas escolas: “As ideias neopentecostais vêm crescendo muito, desrespeitando a lei”.

Ivanir explicou que o avanço da discriminação religiosa provocou o agendamento de um encontro, dia 12 de novembro, com a CNBB: “Objetivo é formar uma mesa histórica sobre os cultos afro e estabelecer uma agenda comum”.

VIVA VOZ
Até mães de alunos me proibiram de falar sobre a África

“Acusam-me de dar aula de religião. Não é verdade. No livro ‘Lendas de Exu’, de Adilson Martins, há histórias interessantes, são ótimas para trabalhar com os alunos. Li os contos, como se fosse uma contadora de histórias, dramatizando cada uma delas. Praticamos Gramática, e os alunos ilustraram as histórias de acordo com a imaginação deles. Não dá para entender por que fui tão humilhada. Até mães de alunos, evangélicas, me proibiram de falar sobre a África”.

MARIA CRISTINA MARQUES, professora, 48 anos

Fonte do texto acima:
http://odia.terra.com.br/portal/rio/html/2009/10/livro_sobre_exu_causa_guerra_santa_em_escola_municipal_42866.html

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

ESPÍRITOS ATORMENTADOS



Prosseguem como se estivessem imanados à aflição que os retinha na carne.

Guardam carantonhas atormentadas, refletindo angústias superlativas.

Comprazem-se, enceguecidos, dominados por prazeres irreais, semiloucos.

Conservam o fascínio às moedas reluzentes ou às notas acumuladas, penetrando as mãos em vasa fétida que confundem com o ouro imaginário.

Afirmam-se condutores do pensamento, afligindo mentes incautas em demorados processos de hipnose, minando a organização física e psíquica dos semelhantes encarnados.

Conservam as expressões de luxúria, perseguindo miragens da própria sandice.

Aprisionam-se às opiniões pessoais, apaixonados e vencidos por cadeias mentais de difícil remoção.

Demoram-se vinculados aos pútridos despojos carnais, longe do discernimento.

Aventuram-se em empresas cruéis, alimentando tristes ideais de vingança ultriz.

Asseveram-se espoliados dos bens terrenos, jugulados a ódios infernais.

Acreditam-se traídos pela fidelidade dos que ficaram na carne, convertendo-se em algozes impiedosos.

Enlouquecidos, formam bandos de delinqüentes como nuvens de horror, semeando inquietações sem nome e desequilíbrio sem conta.

*

Ignoram a situação em que se encontram.

Aparvalhados ante a realidade veraz da desencarnação que desvelou para eles as revelações da imortalidade, despertam, infelizes, aprisionando-se às malhas dos objetivos iníquos a que se ligaram na Terra.

São portadores de reminiscências vigorosas:

— antigos possuidores de moedas que se enferrujam distantes do uso;

— verdugos da paz alheia que se esqueceram de amar;

— vencedores dos jogos da ilusão que se distanciaram da verdade;

— ladrões da felicidade de muitos, que converteram o lar em inferno e o cônjuge em escravo.

São os gozadores de todo jaez que triunfaram em rios de lágrimas, atingindo culminâncias com a máscara da hipocrisia afivelada à face, em jornadas subalternas.

Morreram, sim... Mas não se consumiram no túmulo.

A vida os aguardava além da morte com os painéis das experiências malogradas, a se desdobrarem indestrutíveis...

Desequilibraram-se ao impacto da consciência violentadas pelo pavor que se torna verdugo, ou pelo remorso que se faz vingador de si mesmo.

Intranqüilos, perturbam e afligem quantos se lhes vinculam pela identificação de pensamentos e atos.

*

Recorda-os com piedade consoladora, laborando em benefício deles com o perdão.

Evoca-os em tuas orações intercessórias, que os alcançarão em forma de lenitivo e esperança.

Todos retornarão, como tu mesmo, ao cadinho purificador da reencarnação.

Ninguém está fadado à felicidade sem termo nem às punições indefinidas.

O Celeste Pai é Magnanimidade e a Sua Misericórdia de acréscimo é sol que ilumina e aquece todos os Seus.

Ajuda-os, por tua vez, como ontem te auxiliaram outros corações dos quais não recordas...

E participando da desdita deles, agradece à Doutrina Espírita que te ergue o véu que ocultava a realidade do além-túmulo, convocando-te para a conduta reta e o dever superior.

Não importa que sofras na via edificante.

Não reclames as agonias na austera caminhada.

Não acredites, levianamente, que as dores e perseguições deles, que te chegam aos ouvidos da alma pelo veículo da mediunidade ultrajada, na obsessão, ou pela informação medianímica, no socorro psíquico, possam converter-se em devaneio social para as horas vazias, fazendo-te arrogante, quando fores convocado à dialogação evangelizante.

Compreende-os e prepara-te igualmente.

Embora a carne moça e estuante pareça um casulo que te defende, atingirás a sepultura, tragado pela desencarnação; e, se a irresponsabilidade assinalar teus dias, mesmo que finjas ignorar a verdade que o contato com o Mundo Espiritual te ensejou, tornar-te-ás igual a eles, e jornadearás, perturbado, até o momento em que, buscando alguém, anseies, como eles agora, o socorro sincero e a compaixão cristã.



Joanna de Ângelis.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

DE JOELHOS SIM !!!



DE JOELHOS SIM !!!
Dentro das várias ritualísticas que se desenvolvem nos terreiros de Umbanda, é comum vermos principalmente


DE JOELHOS SIM !!!
Dentro das várias ritualísticas que se desenvolvem nos terreiros de Umbanda, é comum vermos principalmente no início e término dos trabalhos espirituais o corpo mediúnico com os joelhos no chão. Alguns vêem esta postura como arcaica e sem sentido, porém nunca se deram ao trabalho de analisarem detidamente tal comportamento.
É de conhecimento geral que as primeiras religiões do globo terrestre já inseriam em seus rituais O Ajoelhar , exteriorização de respeito junto ao Criador e também manifestação de humildade que todos devem ter, seja para com o Divino, seja para com o próximo. Da mesma forma, o ato de postar-se de joelho fazia e faz ver aos fiéis que assistiam ou assistem uma manifestação de religiosidade, a seriedade, o respeito e a simplicidade do sacerdote, frente ao plano espiritual superior.
A implantação do ajoelhar-se tem como finalidades mostrar a Deus todo o nosso carinho, obediência, respeito e amor e o quanto somos pequeninos diante do universo criado por Ele; e para passar a assistência que aquele espaço de caridade tem a exata noção do papel que desempenha, como instrumentos de trabalho dos bons espíritos.
Infelizmente, é do conhecimento de todos que, ao lado de criaturas humildes, simples, meigas e caridosas que estão sempre dispostas a dar seu suor à Umbanda, existem outras tantas orgulhosas, vaidosas, "auto-suficientes", que procuram a todo custo imporem-se aos demais, maximizando suas "qualidades" e minimizando as virtudes alheias.
Ostentam falsas conquistas, querendo submeter todos a seus caprichos. Contudo, nada mais doloroso e incômodo para estas pessoas do que ficar em posição de subserviência, de aparente inferioridade.
Tal postura lhes sangra a alma e lhes oprime o pétreo coração.
Suas visões ofuscadas não conseguem enxergar que tal rito e para seu próprio bem, para sua própria libertação dos sentimentos mesquinhos e posterior elevação espiritual, pois auxilia na quebra da vaidade e da soberba.
Alguns até podem dizer que ao postar-se de joelhos, o médium pode ter em mente pensamentos diametralmente opostos àquela posição. Mas aí meus irmãos é que termina a tarefa dos encarnados e inicia-se o processo de assepsia e lapidação dos arrogantes e vaidosos, levados a efeito pelos amigos de Aruanda, e assim, dando luz a estas pessoas e reconduzindo-as ao rebanho Divino.

Joelhos ao chão sim !!!

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Obrigação do Adobá




Adobá ou ainda Adobaia-ori forma de agradecimento que é prestado a todos os Orixás representados na casa que consiste em oferendar a todos com os alimentos da natureza em nossa casa usamos as frutas como forma de agradecer a tudo de bom e maravilhoso foi conquistado em nossa Comunidade a cerimônia é fechada e não a atendimento ao publico porque nesse momento o mais importante é o crescimento espiritual do Mediun a muito anos essa firmeza era feita exclusivamente pelo Pai da casa porem em nosso Comunidade achamos que todo o conhecimento deve ser compartilhado junto a todos ensinamos sim, a quem quiser aprender e assim mesmo, é de livre escolha do Mediun fazer o mesmo ou não geralmente esse firmeza é feita uma vez no ano não respeitando data e sim a necessidade de agradecer porque pedimos tanto durante o ano que as vezes tambem devemos ter a humildade de agradecer a todos que ali se manifestam.

Uma particularidade dessa firmeza é que normalmente não se manifesta entidades do dia a dia na casa mas sim aqueles espíritos que embora muitas vezes não tem tempo ou por ordem superiores estão na equipe de apoio ou ainda a casa por seguir uma linha especifica Ex: Caboclo , Baiano etc não disponibilizam momento para esses irmão de igual importância na harmonia do Terreiro .

Outra particularidade não se recebe a linha da esquerda embora sabem saudamos no inicio e no fim do trabalho em forma de agradecimento em abrir as portas para que nossos maravilhosos guia se manifestem com toda a segurança devida


Na curimba não a toque com atabaques somente palma de mão de cantos porque a manifestação tem que ser a mais calma e consistente possível não é aconselhado fazer essa firmeza mediuns novos porque as energias ali contidas são de tamanha força que possivelmente os mediuns podem sair com dores de cabeça e tonturas

O Cambone tem uma função particular nesse dia porque é de toda importância o Cambone acompanhar o mediun que ao se manifestar necessitara ser auxiliado na entrega dos pertences e na ajuda e anotação de pontos cantados, riscados ou recomendações por eles solicitado não se deve trocar de Cambone durante a firmeza

Apos as firmeza concluída é necessário que todos as oferendas sejam entregues nos pontos de força correpondentes dentro de no máximo 7 dias e a cada ponto deve ser cantado o ponto de saudação da entidade ali pertencente batendo palma em forma de agradecimento por tudo o que foi conquistado por ele e pelo grupo

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Umbanda é declarada patrimônio imaterial do estado do Rio

Menos de uma semana depois de o candomblé ter virado patrimônio imaterial do estado, o governador Sérgio Cabral sancionou, ontem, a Lei 5.514/09, de autoria do deputado Gilberto Palmares (PT), que confere o mesmo título à umbanda.

— A partir do momento em que os cultos viram patrimônio, eles passam a ser mais divulgados, diminuindo a intolerância e a violência — comentou, em nota, Palmares, que também é autor da lei que declara o candomblé patrimônio imaterial do estado.

Para a professora de antropologia da UFRJ e autora do livro "Guerra de Orixá", Yvonne Maggi, o tombamen-
to é uma forma de dar legitimidade à religião:

— A umbanda foi criada no Rio de Janeiro dos anos 20 por um grupo que se separou do Kardecismo, mas que não queria assumir todos os ideais do candomblé. O tombamento preserva essa cultura. O mais difícil é mudar a relação cotidiana entre os fiéis de várias religiões.

Diretora da Congregação Espírita Umbandista do Brasil, Fátima Damas espera que a lei faça com que a crença seja vista com outros olhos:

— Estou muito feliz. É uma coisa que queríamos muito. Nossa religião é genuinamente brasileira, mas a sociedade não a vê como tal. A falta de conhecimento faz com que muitos tenham preconceito.

Lideranças de candomblé e umbanda acreditam que a transformação das religiões em patrimônio imaterial é um reconhecimento da importância da cultura afro para a história do estado.

— É preciso preservar a liturgia, a história da umbanda e do candomblé. Somos sacerdotes que lutamos pela verdadeira essência da religião. Umbanda é manifestação do espírito para prática da caridade, como disse o Caboclo das Sete Encruzilhadas — defende o babalorixá Marcos Penna.

Pai Paulo de Oxalá concorda com a visão:

— Essa lei é de suma importância para uma religião que no passado foi vítima de represália. É uma vitória, para nossos mais velhos, ialorixás e babalorixás antigos.


São Jeronimo Cao Xangô




Doutor da igreja, e um dos maiores especialistas em bíblias de sua época.

Ele nasceu em Stridonium perto de Aquiléia, Itália e estudou em Roma. Foi batizado na idade de 18 anos, mas foi criado desde pequeno como cristão .Em 374 foi para a Antiópia e teve um visão em que Cristo o admoestava dizendo:

"Ciceronianus es, non Christianus"

"Você é um Cicerone e não um Cristão"

Uma condenação da preferencia de Jerônimo a literatura romana e não aos escritos cristãos. Ele foi então para Chalcis, no deserto da Síria e ficou lá por quatro anos, aprendendo hebreu e os escritos de São Paulo de Tebas.

Após sua ordenação ele viveu em Constantinopla, hoje Istambul, estudando sob São Gregório Nazaianzus. Retornando a Roma ele chamou a atenção do Papa Damascus e serviu com secretario papal tornando-se uma figura muito popular até a morte de Damascus.

Depois foi para Belém onde ficou lá com Santa Paula, São Eustáquio e outros, pregando na Palestina e no Egito.

São Jerônimo devotou a sua via aos propósitos escolares traduzindo Sagradas Escrituras, revisando versões em Latin do Novo testamento principalmente a tradução da bíblia do grego para o Latin chamada "Vulgate ", na qual ficou 15 anos (teria sido uma sugestão do Papa Damascus).

De 405 até a sua morte ele continuou a escrever e atacar a heresia Pelagiana. Seus outros trabalhos incluem :

1)"Uma Continuação da Historia Eclesiástica ".

2)"De Viris Illustribus" (uma apresentação dos maiores escritores dos anos anteriores).

3)Um grande número de cartas ; uma tradução de Origines e a tradução e comentários de uma vasta variedade de tratados controvertidos.

Ele morreu em 30 de setembro após longa doença.
Ele é honrado com sendo um dos primeiros estudiosos do início da Igreja e um gênio que deu uma grande contribuição para a área escolástica bíblica.

Na arte litúrgica ele mostrado as vezes como um cardeal atendido por um leão ou ainda como um eremita. Outras vezes como um escolástico.
Padroeiro dos bibliotecários e das secretárias

A sua festa é celebrada em 30 de setembro.

Porque do leão ?

O Leão e São Jerônimo

Em Vita Divi Hieronymi (Migne. P.L., XXII, c. 209ff.) traduzido para o Inglês por Helen Waddell em "Beasts and Saints" (NY: Henry Holtand Co., 1934), você encontrará as razões pelas quais São Jerônimo é pintado geralmente com um leão ao seu lado.

" Uma tarde São Jerônimo sentou-se com seus amigos monges no seu monastério em Jerusalém ouvindo a lição do dia quando um gigantesco leão aproximou-se andando em três patas, com a quarta pata levantada. Imaginem o caos que se seguiu quando todos os monges correram, cada um para um lado, mas São Jerônimo calmamente levantou-se e foi se encontrar com o hospede não convidado.

Naturalmente o leão não podia falar, mas ofereceu a sua pata ferida ao bom padre.

Jerônimo examinou a pata e pediu a um monge menos medroso, um balde com água e lavou a pata ferida do leão.

Aí Jerônimo notou que a pata estava perfurada por espinhos.

Jerônimo retirou com cuidados os espinhos e aplicou uma pomada e o ferimento rapidamente sarou.

O gentil cuidado amansou o leão que ia e vinha pacificamente onde estava São Jerônimo como se fosse um animal doméstico.

Deste episódio Jerônimo disse "Pensem sobre isto e vocês encontrarão várias respostas.

Eu creio que não foi tanto para a cura de sua pata que Deus o enviou, pois Ele curaria a pata sem a nossa ajuda, mas enviou o leão para mostrar quanto Ele estava ansioso para prover o que necessitamos para o nosso bem."

Os irmãos sugeriram que o leão poderia ser usado para acompanhar e proteger o jumento que carregava a lenha para o monastério.

E assim foi por muito tempo. O leão guardava o jumento enquanto este ia e vinha.

Um dia entretanto, o leão ficou cansado e dormiu enquanto o jumento pastava. Mercadores de óleos egípcios levaram o jumento.
O leão lá pelas tantas acordou e passou a procurar o jumento.

Com incrível ansiedade procurou todo o dia.

No final do dia voltou e ficou no portão do monastério parado e consciente de sua culpa o leão não tinha mais o seu andar orgulhoso que ele fazia ao lado o burrico.
Quando outros monges o viram concluíram que o leão tinha na verdade comido o jumento.

E eles recusaram a alimentar o leão e o enviaram de volta para comer o resto da sua matança.

Mas ainda havia uma certa dúvida se o leão havia ou não matado o jumento e assim Jerônimo mandou que eles procurassem pela carcaça do jumento e não a encontraram, e nem sinal de violência.

Os monges levaram a noticia para São Jerônimo que disse " Eu fico triste pela perda do asno, mas não façam isto com o leão.

Tratem dele como antes dêem comida a ele, e ele fará o serviço do jumento.

Façam com que ele traga em seu lombo algumas das peças de lenha."

E assim aconteceu.
O leão regularmente fazia a sua tarefa, mas continuava a procurar o seu velho companheiro.

Um dia ele subiu uma colina e viu na estrada homens montados em camelos e um montado em um jumento.

Ele então foi de encontro a eles. Ao se aproximar ele reconheceu o seu amigo e começou a rugir.

Os mercadores assustados correram como puderam deixando o jumento e os camelos e sua carga para atras.
O leão conduziu os animais para o mosteiro .

Quando os monges o viram aquela parada inusitada de um leão liderando um jumento e camelos correram para Jerônimo e ele foi lá, abriu os portões e disse: "Tirem a carga dos camelos e do jumento, lavem suas patas e dêem comida a eles e esperem para ver o que Deus tinha em mente para mostrar a este seu servo quando nos deu o leão".

Quando sua instruções foram seguidas o leão começou a rugir de novo e a balançar o seu rabo alegremente.

Os irmãos com remorso da calúnia que haviam pensado do pobre leão disseram uns aos outros

"Irmão confie na sua ovelha mesmo se por um tempo ela pareça um ganancioso rufião e Deus fará um milagre para curar o seu caráter".

Neste meio tempo Jerônimo sabendo o que viria disse: "

Meus irmãos fiquem preparados e preparem refrescos porque novos hóspedes virão e deverão ser tratados sem embaraços’.

Assim os irmãos preparam para receber as visitas e em breve os mercadores estavam no portão. Foram bem-vindos, mas eles prostraram aos pés de São Jerônimo e pediram perdão pelas sua falhas.

Gentilmente Jerônimo disse "dêem os refrescos a eles e deixem partir com os seu camelos e suas cargas. Os mercadores ofereceram metade do óleo que os seus camelos carregavam para as lâmpadas do mosteiro e mais alguns alimentos para os monges.
O chefe dos mercadores estão disse "Nós daremos todo óleo que vocês precisarem durante todo ano e nossos filhos e netos serão instruídos de seguirem esta ordem, e ainda nada de sua propriedade será jamais tocada por qualquer de nós ".
São Jerônimo aceitou e os mercadores de sua parte aceitaram os refrescos e partiram com benção e voltaram alegres para o seu povo.

São Jerônimo então disse "vejam meus irmãos o que Deus tinha em mente quando nos mandou o seu leão"!


Xangô nasce do poder e morre em nome do poder.

Rei absoluto, forte e imbatível.

O seu prazer é o poder Xangô é o rei entre todos os Orixás.

É um Orixá de fogo.

Por sua origem real, Xangô é o Santo da Justiça, castigando com o raio.

Ele é também conquistador; possui as três esposas: Oba a mais velha e menos amada; Oxum, que era casada com Oxossi e por quem Xangô se apaixona e faz com que ela o abandone ; e Iansã. Esposa dedicada e forte guerreira, que precede o marido nas batalhas e, por ser dona do raio, deu o fogo a seu amado Xangô comandando as forças da natureza que se caracterizam pela violência: o trovão, o raio (o fogo sobrenatural do céu), atira pedras do céu.

Destacando-se pela sua valentia e liderança castiga mentirosos, infratores e ladrões.

Por isso a morte pelo raio é considerada infame, assim como uma casa atingida por uma descarga elétrica é tida como marcada pela ira de Xangô..


Xangô tem pavor da morte .

Na África sob seus aspectos, histórico e divino.
A filha de Elempe, rei dos Tapás, que havia firmado uma aliança com Oranian. Xangô cresceu no país de sua mãe, indo instalar-se mais tarde, em Kòso (Kossô), onde os habitantes não o aceitaram pelo seu caráter violento e imperioso; mas ele conseguiu, finalmente, impor-se por sua força.

Em seguida, acompanhado pelo seu povo, dirigiu-se para Oyó, onde estabeleceu um bairro que recebeu o nome de Kossô. Conservou, assim, seu título de Obá Kòso, que, com o passar do tempo, veio a fazer parte de seus oríkì.
Xangô, no seu aspecto divino, permanece filho de Oranian, divinizado porém, tendo Yamase como mãe e três divindades como esposas: Oyá, Oxum e Obá.
Xangô é o irmão mais jovem, não somente de Dadá-Ajaká como também de Obaluaiyè. Entretanto, ao que parece, não são os vínculos de parentesco que permitem explicar a ligação entre ambos, mas sua origem comum em Tapá, lugar onde Obaluaiyè seria mais antigo que Xangô , e, por deferência para com o mais velho, em certas cidades como Seketê e Ifanhim são sempre feitas oferendas a Obaluayiè na véspera da celebração das cerimônias para Xangô.


Xangô, é viril e atrevido, violento e justiceiro; castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores, razão do que de sobra, para ser denominado, deus da justiça.


Os èdùn àrá (pedras de raio - na verdade, pedras neolíticas em forma de machado), são consideradas emanações de Xangô, e são colocadas sobre um odó - pilão de madeira esculpida -, consagrado à Xangô. Seu símbolo é oxé - machado de duas lâminas - lembra o símbolo de Zeus em Creta. Esse oxé parece ser a estilização de um personagem carregando o fogo sobre a cabeça; este fogo é, ao memso tempo, o duplo machado e lembra, de certa forma, a cerimônia chamada ajere, na qual os iniciados de Xangô devem carregar na cabeça uma vasilha cheia de furos, dentro da qual queima um fogo vivo; e, em uma outra cerimônia, chamada àkàrà, durante a qual engolem mechas de algodão embebidas em azeite de dendê em combustão. É uma referência à lenda, segundo a qual Xangô tinha o poder de escarrar fogo graças a um talismã que ele pedira à Oyá buscar no território bariba.


Seu maior símbolo..........machado de lâmina dupla(oxé); meteorito.
Suas plantas...................folha de Xangô (comigo-ninguém-pode ), quiabo, cambará, sabugueiro.
Seu dia...........................segunda-feira
quarta-feira
Sua cor...........................vermelho e branco
Seu mineral.....................aço
Seus elementos................fogo.
Saudação........................Caô Cabiecilê!
Domínios:......................o fogo celeste: raio, trovão, meteorito.
Comidas:........................amalá, rabada, zorô, bobó, milho assado. Fruta de conde.
Animais
:........................jabuti
Quizilas..........................doença e morte
Características.................autoritário, severo, justiceiro, líder maduro; egocêntrico, mandão.
O que faz :
....................corrige injustiças, protege contra catástrofes.
Riscos de saúde...............hipertensão e suas conseqüências; nevralgias e tensão.

Arquétipo dos filhos:
"São pessoas voluntariosas e enérgicas, altivas e conscientes de sua importância real ou suposta.
Das pessoas que podem ser grandes senhores, corteses, mas que não toleram a menor contradição, e, nesses sensíveis ao charme do sexo oposto e que conduzem com tato e encanto no decurso das reuniões sociais, mas que podem perder o controle e ultrapassar os limites da decência.

Enfim, o arquétipo de Xangô é aquele das pessoas que possuem um elevado sentido da própria dignidade e das suas obrigações, o que as leva a se comportarem com um misto de severidade e benevolência, segundo o humor do momento, mas sabendo guardar, geralmente, um profundo e constante sentimento de justiça".





Oração a São Jerônimo


Quiosque Azul - Faixa Flores

Ó Deus, criador do universo, que vos revelastes aos homens, através dos séculos, pela Sagrada Escritura, e levastes a vosso servo
São Jerônimo a dedicar a sua vida ao estudo e à meditação da Bíblia, dai-me a graça de compreender com clareza a vossa palavra quando leio a Bíblia.
São Jerônimo, iluminai e esclarecei a todos os adeptos das seitas evangélicas para que eles compreendam as Escrituras, e se dêem conta de que contradizem a religião Católica e a própria Bíblia, porque eles se baseiam em princípios pagãos e superticiosos.

São Jerônimo, ajudai-nos a considerar o ensinamento que nos vem da Bíblia acima de qualquer outra doutrina, já que é a palavra e o ensinamento do próprio Deus. Fazei que todos os homens aceitem e sigam a orientação do nosso Pai comum expressa nas Sagradas Escrituras.

São Jerônimo
, rogai por nós.

Assim seja!

Amém.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Riscos da intolerância religiosa



Aloísio de Toledo César







Há alguns anos elegeu-se presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo um deputado estadual evangélico. Seu primeiro ato foi de intolerância religiosa: sem um mínimo respeito pelo sentimento de fé das demais pessoas, retirou do plenário a imagem de Cristo, que ali estava desde a inauguração do prédio. A reação de inconformismo dos demais deputados, como também de alguns milhões de brasileiros feridos no seu sentimento religioso, desaguou numa demanda judicial, que só terminou quando o referido deputado deixou a presidência da Assembleia e a imagem de Cristo voltou ao plenário. Pouco tempo depois, um pastor do mesmo credo, durante programa de televisão, começou a dar chutes na imagem de Nossa Senhora Aparecida, com o propósito de demonstrar a sua inexistência e que nada lhe aconteceria se assim agisse. Agora, quem sabe movido pela mesma e lamentável intolerância religiosa, um promotor de Justiça ingressou com ação judicial por meio da qual pretende retirar de todas as repartições públicas de São Paulo as imagens de Cristo ali presentes, algumas já há mais de um século. O sentimento religioso é de ordem subjetiva e varia de indivíduo para indivíduo. Seja qual for a preferência externada, quer majoritária, quer minoritária, deve sempre ser respeitada. O desrespeito leva ao radicalismo e este, todos nós temos visto, conduz a ações violentas, que servem apenas para tirar a vida de pessoas e tornar sangrentas as diferenças religiosas. Um dos argumentos utilizados para justificar a ação é o de que as pessoas não-católicas podem sentir-se constrangidas com a imagem de Cristo em repartições e que o Estado não deve sofrer influência da religião. É o velho princípio do Estado laico. Nunca se teve notícia de que um imposto tenha sido ou deixado de ser cobrado em função da presença de Cristo na repartição ou de que um réu tenha sido ou não condenado nos tribunais por sua influência. A imagem de Cristo exprime sentimento religioso dominante há mais de 2 mil anos e faz parte de tradição merecedora de respeito. Sua retirada, na forma pretendida, poderia ter como consequência o início de indesejável radicalismo religioso, nunca registrado anteriormente. Acentuar diferenças entre católicos e não-católicos pode levar a algo imprevisível e perigoso, enfim, reflete ação impensada, juvenil e, sobretudo, tola. A primeira Constituição brasileira, datada de 25 de março de 1824, considerava a pessoa do imperador inviolável e sagrada, além de não estar sujeito a responsabilidade alguma. Ao assumir o cargo, o imperador deveria fazer um juramento que começava assim: "Juro manter a Religião Catholica Apostólica Romana..." Assim deveria ser porque a Constituição dizia, no seu artigo 5º: "A Religião Catholica Apostólica Romana continuará a ser a Religião do Império..." Vê-se o predomínio, naquela época, de uma única religião junto ao Estado. Mas, com a Constituição de 24 de fevereiro de 1891, que já tinha o dedo de Ruy Barbosa, a liberdade religiosa foi reconhecida e desvinculada do Estado, reconhecendo-se a todas as igrejas personalidade jurídica, permitindo aquisição de bens e sua administração. O artigo 7º foi bem claro: "Nenhum culto ou igreja gozará de subvenção official, nem terá relações de dependência com o Governo da União ou dos Estados." E ainda: "A representação diplomática do Brasil junto à Santa Sé não implica violação deste princípio." Esse princípio foi reproduzido na Constituição de 1934 e nas que se seguiram, ficando, de lá para cá, livre e desvinculado do Estado qualquer culto ou religião. Isso equivale a dizer que todas as preferências religiosas podem ser externadas e que não se confundem religião e Estado. O direito de credo está expresso na Carta Magna, mas, insisto, a liberdade religiosa não pode ser confundida com o desrespeito de uma religião em relação a outra. A intolerância leva ao fanatismo e por isso mesmo não se pode admiti-la. Fundado numa tradição milenar, que está nas raízes de nosso país, o cristianismo se fez sentir em inúmeras repartições públicas, com a fixação da imagem de Cristo nas paredes de salões nobres, tribunais e até mesmo simples repartições públicas. Tentar tirá-las seria o mesmo que fazer católicos passarem a dar chutes nas igrejas evangélicas por não adotarem esse símbolo de fé. É algo claramente incendiário, além de pouco inteligente. Tal intolerância é surpreendente e ocorre no momento em que surge em São Paulo um movimento antagônico, de plena integração de todas as religiões. Realmente, sob a inspiração de um ensinamento de Mahatma Gandhi, o de que política e religião podem caminhar juntas, foi criado no Auditório Franco Montoro da Assembleia Legislativa de São Paulo o Instituto Mahatma Gandhi, que reuniu, de forma inédita, os representantes de 15 diferentes doutrinas religiosas, entre eles judeus, maometanos, budistas, umbandistas e outros, e até mesmo da Ordem dos Advogados. Seu objetivo é atuar para maior compreensão entre as diferentes doutrinas e programar ação política conjunta em favor de todas. Um exemplo citado de benefício coletivo foi a lei, de autoria do deputado Campos Machado, que permite aos religiosos que guardam o sábado fazer provas de concursos públicos após as 18 horas ou no dia seguinte. Busca, enfim, que as diferentes religiões, com suas particularidades e dificuldades próprias, se compreendam e atuem conjuntamente perante o Estado. É o contrário do que se pretende fazer com a imagem de Cristo nas repartições. Aloísio de Toledo César é desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo. E-mail: aloisioparana@ip2.com.br

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