quinta-feira, 4 de junho de 2009

fonte: Pai Etiene Sales, Lista Saravá Umbanda


É interessante ver que temos diversos problemas como um grande complexo religioso.  Porém, existe uma gama de problemas que nos machucam mais e, ao memso tempo, talvez porque nos machequem mais, tendemos a chutá-los para baixo do tapete.

Disse no outro email que "podemos ver locais trabalhando com Umbanda, mas de uma maneira mercenária, irresponsável, às vezes até com boa vontade, porém, mercantilizando a fé, dento dos interesses humanos mais mesquinhos: trabalhos para amarar o amado ou a amada, trabalhos para acalmar ou controlar o patrão, trabalhos para vender mais ou para ganhar mais dinheiro, trabalhos para se livrar de alguém, trabalhos para arrumar homem/mulher/emprego/, trabalho para andar com processo em vara/cartório/juiz (uns até levando o nome do juiz até a "entidade"), trabalhos para trazer a pessoa amada ou fazer da pessoa a amada ou amante, trabalho contra a sogra/sogro, trabalho contra a cunhada/cunhado, trabalho para fazer o chefe ou a chefe "comer na mão", trabalho para ganhar na loteria/ter sorte grande/passar no vestibular/no concurso, trabalho para a komi não quebrar/o taxi não que brar, trabalho para o marido parar de trair/mulher parar de trai r, trabalho para destruir a amante do marido/o amante do marido/o ou a amante do companheiro/companheira ... fazer orgias após ou durante a gira de Exus e Pombogiras, Sacerdote tendo relações sexuais com as filhas de santo, "entidade" dando cantada em consulente (passando as mais nas prtes íntimas ou pegando a mão do consulente para que ele passe a mão nas dela), Sacerdote virando médium no ere ou na pombagira para ter relações, Sacerdote explorando economicamente os médiuns e consulentes (fazendo com que essas pessoas fiquem com medo e, pela coasão, conseguir empréstimos, bens materiais, jóias, roupas ...), Sacerdote dizendo que tem uma obrigação importante a ser feita e abusar sexualmente das médiuns (coo se isso fosse parte do culto), dar cargos ou hierarquia mediante a favores sexuais ou financeiros, "entidade" das passe nas partes íntimas (seja de homens ou mulheres) ou pedir que se dispam para ver o corpo ou tocar nas partes mais íntimas ..."

Essas coisas, pois não existe outro adjetivo mais apropriado ou talvez existe: essas aberrações. Essas aberrações nos causam vários problemas, pois geram uma visão deturpada e errada da Umbanda e das Umbandas de vários sentidos, como: religião dos demÿnios (separa as pessoas, mata, fomenta o mal, a discórdia, o conflito); religião de espíritos atrasados (espíritos que fazem o mal, que trabalham com as necessidasdes mundanas dos seres humanos, religião dos apegos e dos fomentos dos apenos materiais); religião sem doutrina e espiritualidade (religião sem moral, sem conduta moral, sem ensinamentos morais de fato - não bastata falar que faz, é necessário fazer); religião que prega a materialidade e não o desapego material (faz com que as pessoas se foquem no material em vez de ensinar o desapego); religião que fomenta o ódio e a discórdia (trabalha contra o pat rão, contra a sogra, tira uma pessoa da outra e a torna submissa); religião que não respei ta o amor, o livre arbítrio (traz a pessoa amada, traz a pessoa amada rastejando, prende a pessoa amada, destroi o amante, abusa sexualmente dos filhos de fé); religião que fomenta da orgia e a sevicia (orgias nas sessões de Exus e Pombogiras, Exus e Pombogiras cantando o consulente, fazendo gestos obsenos, pasando a mão ou se deixando passar a mão nas portes íntimas, expondo o corpo de seus médiuns para atrair consulentes, fazendo sexo com consulentes ou com outras matérias); religião que faz apologia a droga e a violência física (em pontos cantados onde Zé Pilintra fuma maconha, corre da polícia, em que o guia no ponto mata pai, mãe, madrinha, padrinho, mata até quem não pode se defender, como: aleijado, cego e crianças de indefezas) ...

Tem muito mais.  Porém, acredito que seja o suficiente para que possamos ver a lama em que a Umbanda se encontra e, para sair da lama, é necessário cortar na carne.  Começar a fazer com que muitas casas comecem a mudar sua maneira de agir (e isso não se refere a culto, forma, rito ou doutrina, nem à diversidade e a pluralidade, mas a moral, o correto coletivo e social, ao cumprimento das leis, sejam espirituais, sejam humanas) e proceder de maneira ética e moral.

Existe e se compreende o diferente, o diverso e o plural, como partes integrandes da Umbanda, como sendo a própria Umbanda diversa e plural.  Porém, o que colocamos não é parte de diverenciações de culto, ritos e formas, muito menos de doutrina.  São aberrações, desvios, ignorâncias, mau-caratismos, deturpações, erros graves, que vemos sendo cometidos em diversas casas, seja no âmbito coletivo, seja em pontos isolados que não são cortados, que não são expurgados e corrigidos.

É necessário que comecemos um trabalho de orientação abrangente aos consulentes, médiuns e Sacerdotes (me desculpem a sinceridade) em que essas aberrações sejam combatidas, em que os médiuns que as cometem sejam punidos no rigor da lei, assim como na perda de suas licenças templárias por parte das Federações e até essas mesmas, os processando pela deturpação do culto.

É necessário cortar na carne, mas cortar o errado, o pernicioço, o deturpodor, o grotesco, o mercenário, o aproveitador, o tarado, o demente, o louco, o ignorante ... O que realmente estraga, compromete e joga na lama o bom nome da Umbanda e tudo aquilo que ela representa, mas tomando cuidado para não confundir tudo isso com o diferente, com o plural, com o que faz diferente do nosso culto, mas que faz Umbanda, mesmo que diferente da nossa.

Nós temos que começar a conscientizar as pessoas que Terreiro de Umbanda (independente da forma) não é lugar para pedir homem, pedir mulher, amarrar homem, amarrar mulher, derrubar patrão e chefe, matar quem está nos apurrinhando, tirar namorada de um ou de outro para nosso uso, trazer mulher amada ou o homem amado, fazer ou forçar alguém a nos amar a base de trabalhos, ganhar dinheiro, trazer emprego ... Temos que fazer ver as pessoas que Umbanda é mais do que isso.

Uma fez conversei com uma pessoa da assistência e disse a ela que terreiro não era lugar dessas coisas, de se pedir essas coisas.  Entao a pessoa me disse:  "o que eu posso obter aqui então? O que a Umbanda tem a me oferecer então".

Eu disse a pessoa que a Umbanda tem a oferecer paz, orientação espiritual, amor, conforto, mostrar caminhos viáveis para seguir a materialidade, ajuda com obsessões, retirar encostos e trabalhos de magia negra, dar uma fé, uma crença, orientar nessa fé e nessa crença, orientar a pessoa em sua caminhada material e espiritual (ensinamentos, doutrina, orientações diversas) ...

A pessoa se mostrou um pouco estarecida e disse que estava acostumada a ver a Umbanda e ir até a Umbanda quando estava necessitando de alguma ajuda material.  Ela disse que não sabia que a Umbanda "também" oferecia essas outras coisas.

Como essa pessoas, existem muitas e muitas, sejam até médiuns dentro de terreiro, ou até Sacerdotes que só aprenderam a ver e praticar a Umbanda, em busca do material, das coisas terrenas, para ganhar dinheiro.

Infelizmente é uma realidade que vivemos, mas que podemos mudar.  Uma realidade que permite que outros nos atirem pedras, que abusos diversos e que aberrações aconteçam.  Porém, podmeos mudar tudo isso a médio e longo prazo.  Depende de nós.

Se cada site sobre Umbanda e cada Comunidade começarem a divulgar que terreiro não é lugar para pedir homem, pedir mulher, amarrar homem, amarrar mulher, derrubar patrão e chefe, matar quem está nos apurrinhando, tirar namorada de um ou de outro paranosso uso, trazer mulher amada ou o homem amado, fazer ou forçar alguém a nos amar a base de trabalhos, ganhar dinheiro, trazer emprego ... Que abusos sexuais não fazem parte de ritos Umbandistas, que Pombogira em Exu podme dar cantada em consulente, nem passar a mão em partes íntimas, assim como qualquer guia também não pode fazer isso, que orgias sexuais não podem e não fazem parte de giras de Umbanda ... Se por algum motivo a pessoa sofreu algum abuso dentro de um terreiro de Umbanda, ela deve procurar uma delegacia e prestar queixa, assim como qualquer médium pode também denunciar abusos sofridos.

Se começarmos a divulgar as más e as boas práticas (sem ofender as práticas de outras formas de Umbanda, sem preconceito, mas falando das aberrações que nos denigrem), já estaremos conscientizando as pessoas sobre aquilo que é errado.

Podemos fazer muito e a Internet é um meio que pode ser usado para isso.  Só é necessário saber o que é aberração e o que é apenas diferente do que praticamos, mas que também faz parte da Umbanda como um todo.

Quem sabe? Talvez criar um slogan, tipo: Por uma Umbanda moral; Moral na Umbanda: a Espiritualidade agradece; Fora Marmoteiros!!! ...

Não sei qual seria, mas sei que necessitamos conscientizar as pessoas: assistentes, consulentes e até Sacerdotes, sobre as deturpações que estão acontecendo e o vício que está sendo criado nos assistentes, em ver a Umbanda como um resolve tudo, como um quebra-galho, um local onde tudo pode ser pedido, pois lá se faz caridade e tudo pode de fazer em nome dessa caridade.  Só que as coisas não são assim.  E isso não é religião.

Famos fazer algo para melhorar a Umbanda.

Faça a sua parte.

Um abraço,

Pai Etiene Sales

Grupos.com.br

Olá Listas.

Trago a vocês, finalmente, depois de um longo inverno de escassez de temas interessantes, um tema que afeta a todos, independente da Umbanda que pratica, de sua escola, forma, rito etc.

É o seguinte: escutei que esta sendo ventilada a possibilidade de se criar um selo para poder identificar as casas de Umbanda sérias, ou memso, as casas de Umbanda (quem foi, como foi ou onde foi que eu escutei, isso não interessa, o que interessa é a problemática que pode se pode criar com isso, embora cercados de boas intenções).

A realidade dura e cruel é que a Umbanda e as Umbandas estão passando por uma crise séria.  Uma crise que posso dizer que é, acima de tudo, de valores morais, vindo atrás o mercantilismo da religião, a ignorância, o despreparo ...

Hoje, como no passado, mas de uma maneira menos cruel, podemos ver locais trabalhando com Umbanda, mas de uma maneira mercenária, irresponsável, às vezes até com boa vontade, porém, mercantilizando a fé, dento dos interesses humanos mais mesquinhos: trabalhos para amarar o amado ou a amada, trabalhos para acalmar ou controlar o patrão, trabalhos para vender mais ou para ganhar mais dinheiro, trabalhos para se livrar de alguém, trabalhos para arrumar homem/mulher/emprego/, trabalho para andar com processo em vara/cartório/juiz (uns até levando o nome do juiz até a "entidade"), trabalhos para trazer a pessoa amada ou fazer da pessoa a amada ou amante, trabalho contra a sogra/sogro, trabalho contra a cunhada/cunhado, trabalho para fazer o chefe ou a chefe "comer na mão", trabalho para ganhar na loteria/ter sorte grande/passar no vestibular/no concurso, trabalho para a komi não quebrar/o taxi não quebrar, trabalho para o marido parar de trair/mulher parar de trai r, trabalho para destruir a amante do marido/o amante do marido/o ou a amante do companheiro/companheira ... fazer orgias após ou durante a gira de Exus e Pombogiras, Sacerdote tendo relações sexuais com as filhas de santo, "entidade" dando cantada em consulente (passando as mais nas prtes íntimas ou pegando a mão do consulente para que ele passe a mão nas dela), Sacerdote virando médium no ere ou na pombagira para ter relações, Sacerdote explorando economicamente os médiuns e consulentes (fazendo com que essas pessoas fiquem com medo e, pela coasão, conseguir empréstimos, bens materiais, jóias, roupas ...), Sacerdote dizendo que tem uma obrigação importante a ser feita e abusar sexualmente das médiuns (coo se isso fosse parte do culto), dar cargos ou hierarquia mediante a favores sexuais ou financeiros, "entidade" das passe nas partes íntimas (seja de homens ou mul heres) ou pedir que se dispam para ver o corpo ou tocar nas partes mais íntimas ...

Tá difícil!!!

Existe um ranço, um vício, uma deturpação que não sei se parte dos sacerdotes, dos médiuns, dos guias, da assistência, em ver que tudo isso é Umbanda e que a Umbanda tem que tratar disso.  Porém, é o que mais vemos e escutamos dentro de terreiros, principalmente vindos da assistência.  E isso é mau, pois se tem um assistido que procura, é porque tem algum guia que ofereça esse tipo de trabalho.

É necessária uma reflexão, pois tudo isso é inerente `as necessidades egoístas dos seres humanos que, em grande parte, acontece ou aconteceu, por culpa das próprias pessoas.  O que é terrível ou horrível são as casas, os sacerdotes e os guias, alimentarem esse tipo de "trabalho", trazendo para dentro da Umbanda ou fazendo da Umbanda, um mercado, um faz tudo, resolvo qualquer problema ... Onde o fator religião, religiosidade, moral e espiritualidade, são colocadas no ralo, no esgoto, na vala comum das vaidades e necessidades mais mesquinhas dos seres humanos, em detrimento dos reais valores espirituais.

A história o selo seria para cadastrar "as boas casas de Umbanda" que não fazem os ditos trabalhos e fazem uma Umbanda de forma limpa e descente.

A idéia é interessante, mas até que ponto, essas "as boas casas de Umbanda" seriam realmente boas, ou apenas estariam dentro de um padrão de como ver, trabalhar e manifestar a Umbanda.  Além disso, pode acontecer uma "guerra de facção" onde umas se dizem Umbanda e outros não são reconhecidas como Umbnada, não porque trabalham de manieira errada ou de maneira mercenária, mas apenas porque trabalham diferente das outras em manifestar uma ou várias formas de Umbanda.

Uma outra coisa que pode também acontecer é uma guerra de selos, pois os que se sentirem lesados de alguma forma, fariam os seus selos e assim por diante.

Na minha opinião é uma segregação que, em nada ou em muito pouco, resolve o problema.  Talvez até pior, acabe surgindo um outro, em que uns acabem escluído outros, por fazer uma Umbanda diferente da deles e, desse modo, passam a ser não Umbandas ou como "Umbanda ruim", sem ver o real trabalho que fazem.

Acredito que é a hora, o momento de discutirmos esses problemas e achar maneiras de conscientizar as pessoas, principalmente os assistidos, os consulentes, sobre o que é passível de ajuda espiritual, e o que é mercantilismo da religião, adotando uma outra postura (mais séria e madura) sobre esse assunto.

Um outro ponto é saber o que é moralmente condenável e o que é diferenciação de culto, forma, rito e doutrina.  Com a Umbanda ou as Umbandas são diferenciadas e plurais, nunca questões de diferenciação de culto, rito e formas, podem ser usadas como parâmetros para dizer se uma casa é ou não de Umbanda (até porque, não existe uma definição universal ou formas para isso, apenas visões, muitas vezes, particulares que tendem a se generalizar, mas que não emglobam o todos, diferenciado em suas partes) ou se uma casa é boa ou ruim, apenas pontuando seus ritos e sua forma.

Estamos passando por uma crise não somene na Umbanda ou nas Umbandas, mas uma crise de valores em nossa sociedade que acaba refletindo nas religiões.  Hoje não temos o certo como certo e, muitas vezes, o errado passa pelo certo e se torna o certo.  Basta ver o nosso cenário político, dos últimos 30 anos.  Basta ver como o tráfico de drogas cresceu também nesses últimos 30 anos.  Coincidência? Claro que não.

Temos hoje religiões em que Deus, em sua forma de Jesus, cura tudo, dá riqueza, dá saúde, faz qualquer coisa, desde que o crende dê contribuições financeiras à Igreja, e em valores cada vez maisores, pois quanto mais a pessoa dá, mais Jesus retoan a ela em beneces.  Porém, esse tipo de pensamento só tende a mercantilizar a religião e a fazer com que as pessoas não vejam e não sintam mais a espiritualidade, mas apenas a materialidade.  Na realidade é a doutrina da materialidade, da prósperidade, em volta de uma espiritualidade pueril e demente.

Esse tipo de pensamento também faz parte da Umbanda ou das Umbanda, querendo ou não, pois se pessoas e médiuns, assim como sacerdotes e guias, se fazem pensar nos mesmos moldes, ela já faz parte de nossa cultura Umbandista.  De uma cultura pertubada, errada, infantil, deturpada, ignorante, mas totalmente errada, em razão da espiritualidade maior que rege as Umbanda em seu trabalho de caridade, melhora da condição espiritual e material (material se diga por saude, bem estar, equilíbrio mental, harmonia na família e com a própria pessoa ...) dos seres humanos e dos espíritios que militam dentro da Umbanda e que também querem crescer espiritualmente e evoluir em razão de seu trabalho, de sua ajuda a quem necessita.

Uma outra coisa que se deve pensar é que Caridade ou dos guias fazendo Caridade, não é fazer qualquer coisa ou dos guias fazerem qualquer coisa que os consulentes querem.  Se assim o fosse, o trabalho dos guias seria uma prostituição, o que não é, mas, infelizmente, estão assim fazendo com que esse trabalho rico, bonito e elevado se torne uma prostituição, não só espiritual, mas também material.

Volto a dizer: para melhorar a Umbanda ou as Umbandas, temos que, primeiro, melhor a nós mesmos (Sacerdotes, Médiuns e Consulentes), em uma prespectiva espiritual que pode ajudar a materialidade, e não transformar a espiritualida em materialidade.

Resgatar a moral dentro da Umbanda, seja ela que vertente for, na forma que for, é resgatar, gradativamente, a moral de nossa própria sociedade.  Melhorando a Umbanda (na forma de alteriade e equidade morais), melhoramos a nós mesmos.

Os Umbandistas estão doentes e selo não é remédio.  O remédio e moral, disciplinar, e fazer da religião algo melhor.

Depende de nós.

Um abraço,

Pai Etiene Sales

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