segunda-feira, 18 de maio de 2009

CABOCLOS, AFRICANOS E KARDECISTAS



Por Lourenço Braga - 1942

 

Leal de Souza, um dos pioneiros da Umbanda publicou em 1942 o livro “Umbanda e Magia Branca – Quimbanda Magia Negra”, cujo trecho nós reproduzimos com intenção de dar seqüência ao tema que vem sendo abordado em algumas edições, sobre "kardecismo e Umbanda". Publicado por Jornal de Umbanda Sagrada em Abril de 2009. Veremos assim que em 1942 Leal de Souza já questionava os mesmos temas que nós hoje em dia. Vamos ao texto:

 

“Trecho de um artigo que publiquei na “A Vanguarda” do dia 11 de março de 1941, em resposta a um outro artigo onde um conforme Kardecista dava a entender que o espírito caboclo ou de africano não podia ser guia nem protetor de médiuns ou de Centros”.

 

 

Deus, a Natureza, o Absoluto, enfim co­mo queiram entender, é, como todos sa­bem, sumamente justo, bom miseri­cor­dioso, onipotente, onisciente, etc, etc. Dito isto pergunto agora aos senhores Karde­cistas – qual a condição para um espírito ser guia ou protetor? Todos responderão naturalmente: Ter luz! Pergunto: Qual é a condição para um espírito ter luz? Todos responderão: Ter virtude, isto é, ser sim­ples, bom, carinhoso, humilde, piedoso, etc, e não ter ódio, inveja, orgulho, ciú­me,maldade, vaidade, avareza, etc. Pergunto ainda: Ter virtudes é privilégio da raça branca? Se é privilégio, então che­gamos ao absurdo de admitirmos Deus como sendo injusto por ter criado uma raça privilegiada. Se, porém, não é pri­vilégio das criaturas da raça branca, pois que Deus é sumamente justo, poderão, portanto, as criaturas das outras raças possuir virtudes também e assim, depois de desencarnada, ter luz e ser guia ou protetores de pessoas ou Centros. 

É preciso não confundir luz intelectual com luz provinda da evolução espiritual, bem diferente uma da outra!

Digo mais, um espírito reencarna-se numa tribo de caboclos ou de selvagens africanos, como missionário, isto é, para levar àqueles no meio dos quais reen­car­nou, uma certa soma de conhecimentos. Quan­do ele desencarnar é um espírito de luz, porquanto luz bastante já possuía, tanto que reencarnou como missionário e nin­guém poderá dizer que ele não foi africano ou caboclo em sua ultima reencarnação.

Sabem muito bem todos os Kardecistas que os espíritos tomam a forma que querem e assim sendo, nada impede que os espíritos de luz, por afinidade, se agrupem em fa­langes para praticar o bem e tomem a forma de caboclos, africanos, etc, ou para pra­ticar o mal, se forem inferiores, e tomem a forma de bichos e outra qualquer.

Como sabeis a Terra é um planeta de trevas, expiações e sofrimentos e nós que aqui habitamos estamos sujeitos a sofrer as conseqüências do meio, mesmo porque somos imperfeitos, assim sendo, o mal predomina neste planeta e dessa forma no meio ambiente terreno, existem ca­madas fluídicas pesadas, formadas umas pelos nossos pensamentos e outras pelos fluídos dos espíritos sofredores e trevosos. 

Justamente para combater o mal e dissipar as camadas densas de fluidos pesados, e mais ainda, para encaminhar os irmãos desencarnados que se acharem mergulhados em trevas ou sofrimento, é que uma grande quantidade de espíritos já evoluídos agruparam-se em falanges, por afinidades, e tomaram as formas hu­mildes de caboclos, africanos e outros ma­is, notando-se que possuem luzes de variadas cores, tais como sejam: roxa, rosa, alaranjada, verde, dourada, pratea­da, amarelas e outras intermediárias, sendo que os chamados espíritos quimbandeiros possuem luz vermelha. 

Texto extraído do livro “Umbanda e Magia Branca

Quimbanda Magia Negra” de Lourenço Braga 

-Edições Spiker – 1942.

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