quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Edir Macedo é acusado de comandar uma quadrilha que desviava dinheiro da Igreja Universal

Promotores de São Paulo acusam o fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, Edir Macedo, e mais nove pessoas de enriquecimento pessoal às custas da instituição religiosa.
César Menezes
São Paulo



Os acusados: o fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, Edir Macedo, e outras nove pessoas. A acusação: apropriação ilegal de dízimos e de ofertas de fiéis e uso do dinheiro das doações para construir um patrimônio pessoal.

Os promotores afirmam que a atuação da quadrilha não conheceu limites. Seus integrantes se utilizaram da Igreja Universal do
Reino de Deus para a prática de fraudes em detrimento da própria igreja e de inúmeros fiéis.

A acusação apresentou exemplos de fiéis que se sentiram enganados e recorreram à Justiça para tentar recuperar o dinheiro. Gláucio Verdi, realizou doações substanciais à igreja e presenciou pastores afirmando que somente através de doações os fiéis seriam abençoados.

A Edson Luiz de Melo, portador de enfermidade mental, eram feitas promessas em troca de doações financeiras e dízimo. Teria sido vendida a Edson Luiz, por exemplo, a chave do céu.

Pedir doações não é ilegal. Qualquer igreja, independentemente da religião, arrecada dinheiro para desenvolver obras sociais importantes. Por isso mesmo, elas não pagam impostos. Mas segundo a denúncia, Edir Macedo e os outros nove acusados se apropriaram do dinheiro da Igreja Universal.

Para a promotoria, ficou comprovado que, no caso da Universal, os denunciados se aproveitaram da imunidade tributária, concedida pela constituição a templos de qualquer culto, para captar dízimos, ofertas e contribuições e fizeram investimentos em bens particulares.

Com base em informações de órgãos federais, os promotores afirmam que: a Igreja Universal do Reino de Deus arrecada aproximadamente R$ 1,4 bilhão por ano. Em sete anos, entre 2001 e 2008, a igreja conseguiu cerca de R$ 8 bilhões. Parte desse dinheiro, segundo a promotoria, foi para duas empresas de fachada, a 'Cremo' e a 'Unimetro Empreendimentos', que têm sede em um prédio em São Paulo.

Elas estão registradas como empresas de compra e venda de imóveis e, de acordo com a investigação, foram usadas pelos denunciados para esconder a verdadeira origem dos recursos.

Os promotores descreveram assim a lavagem do dinheiro: as doações eram repassadas para a 'Unimetro' e para a 'Cremo' que, por sua vez, mandavam para duas empresas fora do Brasil, a 'Investholding' e a 'Cableinvest'.

Elas têm sede em paraísos fiscais e, segundo a denúncia, também são controladas pelo grupo acusado. O dinheiro voltava ao Brasil na forma de empréstimos a pessoas físicas, ligadas a Edir Macedo, e era então aplicado em compras de aeronaves, imóveis e empresas de comunicação como emissoras da Rede Record.

Foi com empréstimos da 'Investholding' e da 'Cableinvest' que, de acordo com os promotores, membros da igreja compraram a TV Record do Rio de Janeiro por US$ 20 milhões, em 1992.

Segundo o Ministério Público, o esquema também foi empregado para dissimular a origem do dinheiro na aquisição da TV Record de Itajaí, em Santa Catarina.

Um dos acionistas da televisão declarou aos promotores que a compra foi feita com dinheiro de fiéis. A denúncia afirma que a quadrilha era liderada por Edir Macedo, que comandava de fato todas as ações praticadas pela organização.

Segundo os promotores, abaixo de Edir Macedo na organização da quadrilha, estão:

- Honorilton Gonçalves, hoje vice-presidente da TV Record;
- João Batista Ramos da Silva, integrante da igreja e ex-deputado federal;
- Jerônimo Alves Ferreira, executivo do Grupo Record;
- Alba Maria da Costa, diretora de finanças da Rede Record;

Outros diretores e ex-diretores de empresas ligadas ao Grupo Universal foram denunciados por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. São eles:

- Osvaldo Sciorilli;
- Edílson da Conceição Gonzáles;
- Veríssimo de Jesus;
- João Luis Dutra Leite;
- Mauricio Albuquerque e Silva;

Na denúncia, foi anexada uma gravação de Edir Macedo, divulgada em 1995. No intervalo de uma partida de futebol, em Salvador, ele ensina pastores a pedir dinheiro aos fiéis.

"Você tem que chegar e se impor. 'Ô, pessoal, você vai ajudar agora na obra de Deus. Se você quiser ajudar, bem, se você não quiser ajudar, Deus vai me dar outra pessoa para ajudar. Amém'. Entendeu como é? Se quiser ajudar, bem, se não quiser, que se dane. É dá ou desce. Entendeu como e que é? Não pode ter vergonha, timidez. Peça, peça, peça. Se tem um que não dê, vai ter um montão que vai dar".

O advogado dos réus, Arthur Lavigne, diz que as denúncias são recorrentes. "A acusação é de esses recursos são obtidos de fiéis, que são encaminhados para o exterior e que do exterior eles retornam sob forma de empréstimo e que aí haveria uma lavagem de dinheiro. Esse fato é recorrente, esse fato é recorrente. A minha defesa é a mesma desde 1994, ou seja, que há absoluta regularidade com relação a isso. E eu repito: o Supremo Tribunal Federal já decidiu concretamente sobre esse fato com o arquivamento do inquérito."

O juiz da 9ª Vara Criminal de São Paulo, Gláucio de Araújo, aceitou a denúncia sem qualquer ressalva. Mandou indicar os réus e deu dez dias de prazo para os advogados apresentarem a defesa.

fonte: http://g1.globo.com/jornaldaglobo/0,,MUL1263649-16021,00-EDIR+MACEDO+E+ACUSADO+DE+COMANDAR+UMA+QUADRILHA+QUE+DESVIAVA+DINHEIRO+DA+IG.html

Um comentário:

  1. É se fosse um Pai de Santo ja teria sido preso a muito tempo até quanto veremos isso e ficaremos sem fazer nada precisamos divulgar a todos faça a sua parte esse veiculo de informação e outros que a Comunidade tem será relatado isso

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